quarta-feira, 24 de setembro de 2014

São Paulo - SP > Jornal "Ruthilante" da ex-deputada Ruth Escobar. Ano 2 - Número 3. Junho/1985. Não circula mais!

Não circula mais. Informações sobre Ruth Escobar disponível em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Ruth_Escobar

A trajetória de Ruth Escobar:

    Ruth Escobar é um dos principais nomes do teatro brasileiro. Atriz e produtora, se destacou na vanguarda do gênero nos anos 1960 e 1970, com sua companhia Nova Teatro, com a abertura da casa com seu nome em São Paulo e com a realização do 1º Festival Internacional de Teatro em 1974, entre outras importantes contribuições.
    Nascida na cidade do Porto, em Portugal, em 31 de março de 1936, Maria Ruth dos Santos Escobar se mudou para o Brasil em 1951. No país, casou-se com o filósofo e dramaturgo Carlos Henrique Escobar, com quem, em 1958, foi para a França, onde fez cursos de interpretação.
Ao voltar para o Brasil, fundou a companhia Novo Teatro, ao lado do diretor Alberto D'Aversa . Ali, protagonizou peças como "Mãe Coragem e Seus Filhos", de Bertolt Brecht, em 1960, e "Antígone América", escrita pelo marido, em 1962.
    No ano seguinte, Ruth inaugurou o teatro com seu nome em São Paulo. A peça de abertura foi "A Ópera dos Três Vinténs", de Brecht e Kurt Weill, que foi dirigida por José Renato, e tinha Ruth no papel de Jenny Espelunca. O teatro abrigou, durante a década de 1960, peças como "O Casamento do Sr. Mississipi", de Friedrich Dürrenmatt, dirigida por Jô Soares, e "Lisístrata", com tradução de Millôr Fernandes e direção de Maurice Vaneau para a obra de Aristófanes.
O ano de 1964 ficou marcado pela criação do Teatro Popular Nacional. Ruth transformou um ônibus em palco e apresentava os espetáculos na periferia de São Paulo. O projeto durou até o ano seguinte. Também em 64, a atriz e produtora recebeu o Prêmio Governador do Estado, em homenagem à construção do Teatro Ruth Escobar.
    Já casada com o arquiteto Wladimir Pereira Cardoso, que se tornou cenógrafo da companhia, Ruth começou a trabalhar também no Rio de Janeiro. Em 1968 foi uma das produtoras de "Roda Viva", polêmica peça de Chico Buarque que teve sessões invadidas pelo Comando de Caça aos Comunistas e chegou a ser proibida pela censura. Ruth também atuou na peça.
Em 1969, a encenação de "O Balcão", a cargo do diretor Victor Garcia, recebeu todos os prêmios de teatro do ano. O prestígio de Ruth Escobar o levou a receber o prêmio Roquette Pinto de personalidade do ano.
    O início dos anos 1970 foi marcado pela oposição ao regime militar - a fundação do Comitê da Anistia Internacional aconteceu em um de seus teatros. Também nessa época, Ruth se envolveu em polêmicas com a montagem de "Missa Leiga", que teve de ser feita em uma fábrica após a proibição do uso da Igreja da Consolação.
    O próximo passo ambicioso foi dado em 1974, quando Ruth organizou o 1º Festival Internacional de Teatro, trazendo nomes como o americano Robert Wilson, que teve o nome de sua peça "Time and Life of Joseph Stalin" mudado para "Time and Life of David Clark" por determinação da censura. Ruth ainda organizou mais dois festivais com o mesmo nome, um em 1976 e outro em 1981.
Nos anos 1980, Ruth se afastou do teatro. Foi eleita deputada estadual em São Paulo por duas legislaturas e dedicou seus mandatos a projetos comunitários. Em 1987 lançou "Maria Ruth - Uma Autobiografia", em que repassa sua vida e carreira.
    Retornou aos palcos em 1990, em uma encenação de "Relações Perigosas", de Heiner Müller e com direção de Gabriel Villela. Em 1994, voltou a produzir festivais internacionais, que duraram até 1997, com o nome Festival Internacional de Artes Cênicas. Em 1998 recebeu, do governo francês, a condecoração da Legião de Honra.


Fonte: "'Patrimônio de Ruth Escobar está sendo deteriorado",  diz família. Filhos da atriz criticam a administração de seu legado, feita por escritório de advocacia. Disponível em: http://ultimosegundo.ig.com.br/cultura/patrimonio-de-ruth-escobar-esta-sendo-deteriorado-diz-familia/n1597250704378.html

> Para saber mais ver: http://pt.wikipedia.org/wiki/Ruth_Escobar

Brasília - DF > Jornal dos Trabalhadores no Comércio do Brasil - CNTC. Ano XII - Número 137/8. Maio/1985.

Para acessar outras edições ver: http://www.cntc.org.br/jornal-da-cntc/

A CNTC


CNTC: 35 Federações filiadas e 830 Sindicatos vinculados. Representação de 12 milhões de trabalhadores no comércio e serviços em todo o País
     A Confederação Nacional dos Trabalhadores no Comércio, entidade sindical de grau superior, com sede e foro no Distrito Federal e base territorial em todo o País, foi constituída para fins de coordenação, orientação, defesa e legal representação das categorias profissionais que integram os diversos grupos de Trabalhadores no Comércio, com o intuito de colaboração com os poderes públicos e as demais associações de classe no sentido da solidariedade profissional e de sua subordinação aos interesses nacionais.
     A CNTC foi reconhecida pelo Decreto no. 22.043 de 11 de Novembro de 1946 após ata de criação legitimado por representantes das Federações dos Empregados no Comércio de São Paulo, Rio de Janeiro, do Norte e Nordeste, do Rio Grande do Sul e dos Empregados no Comércio Hoteleiro e Similares do Rio de Janeiro.
   Decorridas seis décadas de sua fundação a Confederação tornou-se plenamente fortalecida, lastreada  em sua alta representatividade, contando atualmente com 35 Federações, representantes de 830 Sindicatos e uma representação nacional de cerca de 12 milhões de trabalhadores na área de Comércio e Serviços em todo o território nacional.

Fonte: Texto disponível em: http://www.cntc.org.br/a-cntc/

Rio de Janeiro - RJ > "Jornal do Incrível" - Ano I - Número 1. 26/09 a 02/10/1984. Não circula mais!

Não circula mais!

Porto Alegre - RS > Informativo "O Chasque" - Órgão de divulgação do Senador Alcides Saldanha - PMDB - RS. Ano I - Número 3. Julho e agosto de 1985. Não circula mais!

Não circula mais!

Sobradinho - RS > "Jornal da Serra". Ano 1 - Número 16. 05/06/1981. Não circula mais!

Não circula mais!

domingo, 21 de setembro de 2014

São Paulo - SP > "Tribuna dos Cabeleiros". Ano II - Número 09 de 1979. A princípio não é mais editado.

Não circula mais!

Niterói - RJ > Jornal de "Plásticos". Novembro de 1989. Ano XXXIII - Número 760/761. Fundado em 09/07/1956. Edição impressa até 2009, após apenas edições online.

Fundado em 09 de julho de 1956, em São Paulo. Hoje com sede em Niterói, RJ. Edição impressa até 2009, após apenas edições online. Site: http://www.jorplast.com.br/



JORNAL DE PLÁSTICOS – publicação especializada, pioneira na América Latina, com atividade ininterrupta – fundada em São Paulo, no dia 09/07/1956 pelo jornalista Ataliba Belleza Chagas.
O Jubileu de Ouro do JP coincide com o aniverário de 10 anos do CBIP (Curso Básico Intensivo de Plásticos), outra iniciativa vitoriosa do Jornal, já que conta com 3000 alunos matriculados em todo o Brasil. O JP ainda possui um site (www.jornaldeplasticos.com.br), no ar desde 1997, de extrema visibilidade, com uma média de 1100 visitas/dia (aproximadamente um acesso/minuto), além da Feira Virtual do Plástico.
Quando o JORNAL DE PLÁSTICOS foi fundado, em 1956, havia aproximadamente 300 empresas transformadoras de plástico e de elastômeros no Brasil. Hoje, esse número ultrapassa 7000. Temos plena consciência de que esse aumento de número de indústrias deveu-se, ao menos em parte, justamente ao trabalho do JP como um importante veículo de difusão e comunicação impressa e on line e, também, ao do CBIP. Graças à disseminação de informações sobre os plásticos.
Da mesma forma, os setores Petroquímico e de Máquinas e Equipamentos para a indústria plástica, praticamente inexistentes no início da atividade do JP, têm tido sua história relatada e seus produtos divulgados através de centenas de suas edições ao longo desses 50 anos.
Desde 1979 o JORNAL DE PLÁSTICOS está situado no Rio de Janeiro, estado que hoje possui relevância para o setor com a presença do próprio Pólo Gás Químico (RioPol), com a unidade de polipropileno da Suzano Petroquímica, com a Petroflex, entre outras, e com o Complexo Petroquímico a ser instalado entre Itaborái e São Gonçalo, cuja pedra fundamental foi lançada recentemente.

Dourados - MS > Jornal "Folha de Dourados". 21 e 22/07/1979. Ano VII - Número 1548. Fundado em 08/03/1968 e circulou na forma impressa até o ano de 2012, quando migrou para a versão online.

O jornal Folha de Dourados começou a circular na forma impressa em 08/03/1968 e parou no ano de 2012, quando migrou para a versão online.

      O jornal Folha de Dourados teve sua primeira edição em 08 de março de 1968, e teve como fundador Theodorico Luiz Viegas. A publicação foi um dos principais periódicos da região, sendo um dos principais meios de comunicação até 2012, quando migrou para a versão online, tornando-se o portal de notícias www.folhadedourados.com.br.
     O acervo completo do jornal "Folha de Dourados", doado pelo jornalista José Henrique Marques, proprietário do acervo, está hoje guardada no Centro de Documentação Regional da Universidade Federal da Grande Dourados (CDR/UFGD), que também preserva diversos materiais, como jornais, revistas, panfletos e fotografias que documentam a história do Sul do Mato Grosso do Sul. A doação aconteceu no dia 8 de Março de 2013.  Mesma foi ainda aprimorada com a doação também de todas as edições do Jornal A Gazeta Popular, que também circulou em Dourados. José Henrique fez ainda fez a doação de cerca de 18.000 mil fotografias feitas ao longo de sua carreira como repórter. Os retratos são um registro de aspectos políticos, econômicos, culturais e esportivos de Dourados e do Mato Grosso do Sul. Informações disponível em: http://diarioms.com.br/acervo-do-jornal-folha-de-dourados-doado-ao-cdrufgd-conta-44-anos-da-regiao/

Entrevista do jornalista José Henrique Marques quando o jornal "Folha de Dourados" completou 44 anos de circulação, no ano de 2012. Disponível em: http://www.douranews.com.br/dourados/item/42188-jornal-folha-de-dourados-completa-45-anos-hoje

São Leopoldo - RS > Informativo "O MEC" da IECLB. Números 46-47. Não circula mais.

Informativo interno do trabalho missionário com crianças dentro da Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil - IECLB, São Leopoldo, RS. Não circula mais.





Rio Claro - SP > Informativo "Gurgel na Pista". Edição 22. Fevereiro de 1983. Não circula mais!

Não circula mais.

Gurgel Motores S.A. foi uma fabricante de automóveis brasileira, desenvolvidos pelo engenheiro João Augusto Conrado do Amaral Gurgel. Com a proposta de produzir veículos 100% nacionais, o empresário montou em 1969, na Avenida do Cursino, em São Paulo a fábrica de carros que levava o seu nome (mudou sua sede para Rio Claro, em 1975). A montadora produziu aproximadamente 30 mil veículos genuinamente brasileiros durante seus 27 anos de existência.1

O INÍCIO: A Gurgel foi fundada em 1 de setembro de 1969 pelo falecido engenheiro mecânico e eletricista João Augusto Conrado do Amaral Gurgel, que sempre sonhou com o carro genuinamente brasileiro.nota 1 Gurgel começou produzindo karts e minicarros para crianças no começo dos anos 60, quando tinha uma empresa de luminosos. O primeiro modelo de carro foi o bugue Ipanemanota 2 e utilizava, motor Volkswagen.

Mais detalhes sobre a a trajetória da empresa e de seu fundador ver: http://pt.wikipedia.org/wiki/Gurgel


São Nicolau - RS > Jornal Folha de São Nicolau. Edição Zero de Lançamento. 27/07/1976. Não circula mais.

Não circula mais!

segunda-feira, 15 de setembro de 2014

Soledade - RS > Jornal "O Paladino". Edição do dia 21/08/1980. Ano 16 - Número 773. Não circula mais.

Não circula mais.

Erechim - RS > Jornal "Painel". Edição do dia 12/11/1981. Ano I - Número > 0 - Não circula mais.

Não circula mais.

Porto Alegre - RS > Jornal "Informativo Rural e Econômico", da Secretaria da Agricultura do RS. Edição de maio de 1965. Ano XI e Número 05. Não circula mais.

Não circula mais.

Canoas - RS > Jornal "Fato Ilustrado". Edição do dia 30/03/1979. Ano IV - Número 226. Não circula mais!

Infelizmente não circula mais. 

Porto Alegre - RS > Jornal "Diário Gaúcho" de Porto Alegre, RS. Edição número 01 e número 1000, no dia 17/04/2000.

Capa da edição número 01, publicada no dia 17 de abril de 2000. 

O Diário Gaúcho é um jornal pertencente ao mesmo grupo do jornal Zero Hora, o Grupo RBS. É editado em Porto Alegre, Rio Grande do Sul, segue o estilo dos tabloides britânicos, com títulos altamente grifados e em cores chamativas nas capas de suas edições. É categorizado como um jornal popular, direcionado às classes C, D e E, da Grande Porto Alegre.

História

O Diário Gaúcho foi fundado no dia 17 de abril de 2000.
No início, o jornal fez uma enquete com o povo para decidir o nome do jornal, sorteando um automóvel para incentivar a participação na escolha. Entre as opções, além do nome escolhido, estavam "Diário Farroupilha" (uma das duas sugestões propostas pela própria RBS, além do atual nome), "O Povo Gaúcho", "Estou em Toda Parte", "Filhos do RS", "Bandeira Gaúcha" e "Nosso Caminho". O sucesso da campanha de lançamento proporcionou a experimentação do produto e o crescimento da circulação do jornal. O Diário Gaúcho proporcionou a inclusão de milhares de cidadãos no mercado de leitura de jornais e acesso à notícias.
Contra capa da edição número 01.
  Para incrementar a relação do jornal com o seu público leitor, o Diário Gaúcho possui a promoção Junte & Ganhe: desde o lançamento do jornal, bastava colecionar os selos, publicados diariamente na capa, e preencher uma cartela que, completa, dá direito a brindes. O primeiro deles foi um conjunto completo de panelas, e depois passando por pratos, tigelas, copos, etc., sendo principalmente kits de utensílios de cozinha.
Capa da edição número 1000, completada no dia 03 de julho de 2003.

Diferentemente de Zero Hora e dos demais jornais de grande circulação de Porto Alegre, o Diário Gaúcho não possui assinatura mensal, nem semestral nem anual. Por tratar-se de um jornal popular, sua forma de chegar aos leitores se dá exclusivamente através da venda avulsa (nas bancas, mercados e afins).
Contra capa da milésima edição.
 A experiência com o jornal levou ao lançamento do Hora de Santa Catarina, que circula no estado de Santa Catarina desde 2006. O objetivo é o mesmo, porém tratando dos assuntos locais de maior relevância para a comunidade de cada região.
Fonte: Wikipédia. Disponível em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Di%C3%A1rio_Ga%C3%BAcho

Ilhéus - BA > Jornal "Diário da Tarde". Edição do dia 21/08/1981. Ano LIV - Número 14.478. Deixou de circular em 1999.

O saudoso “DIÁRIO DA TARDE” foi o jornal que circulou por mais tempo na cidade de Ilhéus, Bahia. Fundado em 10 de fevereiro de 1928, circulou até fevereiro de 1999, quando foi fechado. O Jornal tinha o nome de “DIÁRIO DA TARDE”, mas às oito horas da manhã já estava nas bancas. (Fonte: Coluna "Do fundo do Baú" de José Leite de Souza. Disponível em: http://www.r2cpress.com.br/v1/2011/02/25/do-fundo-do-bau-de-jose-leiite/)



domingo, 14 de setembro de 2014

Recife - PE > Jornal "Diário da Manhã", fundado em 16 de abril de 1927. Edição do dia 07/02/1974. Ano XLVI - Número 5.789

Visão parcial da capa de uma das edições do Jornal Diário da Manhã, do Recife, PE, fundado em 1927.

HISTÓRICO

Carlos de Lima Cavalcanti
 O Diário da Manhã foi fundado em 16 de Abril de 1927 pelos irmãos Carlos e Caio de Lima Cavalcanti. Mas quem se destaca tanto na história do jornal como da própria política da época é Carlos de Lima Cavalcanti, líder inconstente em Pernambuco. Vinha o Diário da Manhã contribuir com o movimento que redundaria da Revolução de 30, chefiada por getúlio Vargas, de quem os Lima Cavalcanti eram correligionários. Batia-se, então, o novo jornal, pela mudança dos métodos políticos, pugnando pela derrubada das oligarquias, tudo isso, aliás, pertence ao programa dos revolucionários.
Feita a Revolução de 30, com a ajuda de Washington Luís, todo o comando político sofreu transformações, e em Pernambuco tornou-se interventor do Estado o Sr. Carlos de Lima Cavalcanti, em razão, naturalmente, do seu prestígio no Estado, da sua amizade pessoal com o chefe da Revolução Getúlio Vargas, e também em função da luta que travara, à frente do Diário da Manhã , em apoio ao movimento vitorioso.
Passados os primeiros anos da Revolução, verificava-se, entretanto, uma certa resistência de Vargas no sentido de cumprir as promessas de convocar uma constituinte, uma vez normalizada a vida nacional, o que, aliás, já se normalizara. Por isso que iria eclodir, em 1932, a chamada Revolução Constitucionalista, com seu núcleo de resistência em São Paulo e que os historiadores admitem ter sido motivada pela política de “café com leite”, ou seja, da briga entre Minas e São Paulo pela hegemonia do Poder.
Vitorioso o Governo contra os revolucionários de 32, estava claro que a vitória governista tivera sentido puramente material, constituindo, na verdade uma derrota moral do regime chefiado por Getúlio.
Tanto é que, dois anos depois, Vargas começa a adotar providências para que o país viesse a ter sua constituição.
Promulgada em 1934, a nova Constituição da República não estava nos planos do governo Vargas, que com ela concordara por pressões morais, porém em nenhum momento abandona seu projeto de perpetuar-se no poder. Tanto é que, mais tarde, tentaria prorrogar o mandato dos deputados classistas, que fizeram a constituição de 34 e com que Getúlio ainda pretendia contar para o projeto político da sua reeleição.
Insurgindo-se contra essa idéia, o fundador do Diário da Manhã , Carlos de Lima Cavalcanti, também no cargo de interventor do Estado, fez publicar no seu jornal a manchete que dizia: PRORROGAÇÃO DE MANDATO É USURPAÇÃO DOS DIREITOS DO POVO.
Diante de tal procedimento, de flagrante dissensão com o projeto político do amigo Getúlio Vargas, viu-se Carlos de Lima perseguido, ao invés de prestigiado como antes. Dirigindo-se ao Rio de Janeiro, o Sr. Agamenon Magalhães, numa visita ao Catete, mostrou a Getúlio a edição do Diário da Manhã com a manchete que desagradava ao governo, temperada pelo comentário sarcástico de Agamenon sobre a inesperada posição de Lima Cavalcanti.
No dia seguinte, Getúlio Vargas manda a Carlos de Lima Cavalcanti o Coronel Azambuja, com bilhete:”Peço passar o cargo de Interventor de Pernambuco ao Coronel Azambuja”. Sem esperar o seu substituto, o Sr. Carlos de Lima Cavalcanti retirou os pertences pessoais das gavetas do seu gabinete e deixou o Palácio das Princesas, praticamente deposto.
O passo seguinte da perseguição contra o Diário da Manhã , fechado pela polícia, com o advento do Estado Novo, projeto do Sr. Getúlio Vargas que encontrou forte oposição dos Lima Cavalcanti.
O Diário da Manhã não era importante apenas por sido na sua época, um dos mais modernos jornais do país e também o de maior circulação no Norte e Nordeste. Sua importância era, também, por ser ponto de encontro das principais lideranças políticas da Região, sobretudo de Pernambuco. Dali saiu o político paraibano João Pessoa, acompanhado do correligionário, para a Confeitaria Glória, na Rua Nova, onde seria assassinado minutos após.
As coleções do Diário da Manhã constituem verdadeiros repositórios de informações sobre a história política brasileira, e não só: também as duas guerras mundiais e outros movimentos nacionais e internacionais se acham nas páginas do jornal, à disposição de historiadores e pesquisadores.
A partir de 1962, o Diário da Manhã achou-se sob a direção do jornalista Heleno Fonseca Gouveia. Consideradas as distinções entre os métodos políticos das duas épocas, vale dizer que na sua fase atual, o Diário da Manhã , sob a direção do jornalista Heleno Gouveia, procurou, de certa forma, honrar a tradição inaugurada por Carlos de Lima Cavalcanti, seu fundador. Essa tradição repousa, principalmente, no compromisso de defender os interesses de Pernambuco e do Nordeste sobre todo e qualquer outro.
Atento às crises econômicas que se abateram sob a economia do país, desde vários anos, limitando o poder de compra e, em conseqüência, afetando a disponibilidade dos elementos de informação, criou o Diário da Manhã uma espécie de jornal mural, permitindo a leitura gratuita pelo povo de suas edições, diariamente, através de suas folhas colocadas em placas de madeiras, nos postes de iluminação pública, em estratégicos pontos de referência da cidade.
O Diário da Manhã tornou-se, também o veículo preferido por aqueles obrigados a fazer publicações judiciais, em virtudes de tabelas especiais destinadas a essas publicações. De várias formas, cumpre o Diário da Manhã um compromisso social com a comunidade a quem pertence. 
(Fonte: Texto extraído e disponível em: http://www.diariodamanha-pe.com.br/texto/historico.html

Site do jornal: http://www.diariodamanha-pe.com.br/
A contra capa do primeiro caderno do Jornal Diário da Manhã do dia 07 de fevereiro de 1974.