Todos os jornais publicados neste Blog fazem parte da coleção particular de Luis Carlos Ávila - o "Bagé".
domingo, 25 de janeiro de 2015
Porto Alegre - RS > Diário do Sul. Edição Experimental. Não Circula mais. Quarta-feira, 29 de outubro de 1986.
Para saber mais:
Diário
do Sul (Rio Grande do Sul)
Origem:
Wikipédia, a enciclopédia livre.
O Diário do Sul foi um jornal que circulou no Rio Grande do Sul, com sede em Porto Alegre, durante dois anos, entre 1986
e 1988.
O jornal surge a partir do grupo Gazeta Mercantil e a iniciativa marca uma
imprensa voltada ao jornalismo cultural. O jornal tinha como modelo os quality
papers europeus: um jornal de tiragem reduzida, de credibilidade e
influência, dirigido a um público culto. Segundo Hélio Gama Filho, fundador do
jornal, "precisávamos ser diferentes da concorrência ou não haveria razão
para alguém comprar o jornal"
1 .
Caderno de Cultura
A
qualidade do Diário do Sul se pautou na cultura. Longos textos apoiados em
muitas fontes, agência internacionais e redigidos por jornalistas renomados no
Rio Grande do Sul. A qualidade do jornalismo do Diário do Sul estava também na
editoria gráfica do jornal, principalmente no que refere às fotografias do
diário, marcadas pela autoria e interpretação dos fatos 2 .
Um dos
grandes empecilhos a sua continuidade - a falta de maior empenho na apuração de
assuntos mais populares como esportes e polícia ajuda a minar a existência do
diário. O jornal também conviveu com problemas estruturais, já que não contava
com parque gráfico próprio e era impresso em Santa Cruz do Sul/RS. Segundo Ana
Rita Marini, havia um purismo exagerado na seleção das pautas e o jornal não
refletia temas como esporte e polícia, assuntos que chamam a atenção do leitor 3 .
O slogan
do jornal gaúcho era "cultura na capa", resumindo a importância dada
ao segmento cultural. O leitor do jornal era supostamente um de alto nível
intelectual e disposto a ler longa matérias em página standard 4 .
A cultura
no Diário do Sul pode ser resumida como a cobertura dos principais eventos
ligados às artes plásticas e cênicas, cinema, música, teatro e mostras
culturais. O jornal era cosmopolita, ou seja, não se restringia à cobertura dos
eventos regionais.
Poucas
fontes eram consultadas para a escrita das reportagens e em geral,
institucionais ou diretamente relacionadas com o evento cultural. Por outro
lado, esse dado é fundamental para verificar a rotina dos jornalistas que eram
também pesquisadores ao contextualizar os fatos. Profissionais como Luiz Carlos
Barbosa, Luiz Carlos Merten,
Hélio Gama Filho, Jaqueline Joner, Glênio Póvoas, Ana
Barros Pinto, Renato Lemos Dalto, Jorge Fernando Gallina e Antônio Hohlfeldt
compuseram o quadro funcional do Diário. Eduardo Bueno, mais conhecido como Peninha, atuou
como colaborador do jornal.
Fim do jornal
O jornal
teve a última edição publicada em 30 de setembro de 1988. De acordo com Hélio
Gama Filho, foram 22 meses de existência, 581 edições, 18.000 assinantes e 18
prêmios conquistados 5 .
Referências
· · Marini, Ana Rita Sant'Anna.
"Diário do Sul: breve trajetória de um jornal porto-alegrense com espírito
cosmopolita". Monografia de conclusão de curso. São Leopoldo, nov/2002
· Silva, Wilsa Carla Freire da Silva. Cultura
em pauta: um estudo sobre o jornalismo cultural. USP.
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